quarta-feira, 7 de abril de 2010

Em contra ciclo

Estamos em ano eleitoral na Ordem dos Médicos.
Esta estrutura, importantíssima na verificação das condições do exercício da Medicina e na formação de especialistas, parece chegar ao fim do triénio em contra ciclo.
Afastou-se dos médicos, afastou-se do País, afastou-se do centro das decisões.
Perdeu influência, perdeu voz, perdeu presença.
Enleada em lutas internas, agoniza, contradiz-se, descredibiliza-se.
Desconheço quem se vai perfilar na compita eleitoral mas temo que as caras e os tiques se repitam numa espiral auto-destrutiva.
E preocupo-me pois o espaço da OM será, inevitavelmente, ocupado por outras entidades.
Os médicos (e a sociedade portuguesa) vão perdendo um referencial ético, deontológico e disciplinar.
Poderá esta situação ser invertida?
Haverá tempo para definir um novo trajecto, limpo, transparente, activo, honesto, efectivo e participado?