terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nem sou um trabalhador propriamente dito

Há muitos anos, o Prof. Vital Moreira, no uso do seu poder crítico nos media, sentenciou, no decurso de uma greve de médicos, que estes não a deveriam fazer pois, vendo bem, nem eram propriamente trabalhadores.
Foi desta pequena represália que retirei a inevitabilidade histórica de poder vir a ser sindicalista num espaço em que os trabalhadores, médicos, não são propriamente trabalhadores.
A coisa deu-se, cá estou, há anos demais, ansiando voltar aos doentes, flor de sal do nosso trabalho que não é bem trabalho.
Mas, enquanto por cá ando defendendo com unhas e dentes os meus correlegionários, confesso que tenho aprendido muito principalmente em questões de avaliação do carácter das pessoas e do que representam por debaixo das fardas e disfarces que transportam.
A partir desta mensagem inaugural, dedicar-me-ei, sem ritmo perceptível e sem destinatário visível, á crítica, romanceada e, por vezes protectoramente ficcionada, da vida política, laboral e sindical com especial incidência nos médicos.

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